Duelo dos Hagges: Eduardo se distancia de Rodrigo e se aproxima do PT em Itapetinga.

Por Redação Novaes 


Itapetinga (BA), um movimento silencioso, mas visivelmente calculado, vem ganhando corpo dentro da política do município, no sudoeste baiano. O prefeito Eduardo Hagge (MDB) estaria promovendo uma reconfiguração política dentro da própria gestão, afastando-se do ex-prefeito Rodrigo Hagge, seu padrinho político e principal nome da direita tradicional na cidade, e se aproximando do governador Jerônimo Rodrigues (PT).

Segundo apurações de bastidores, a relação entre Eduardo e Rodrigo, antes marcada por alinhamento político e continuidade de gestão, atravessa um momento de forte desgaste. O prefeito tem tomado decisões de forma autônoma e, de maneira inédita, vem abrindo espaço em sua equipe para nomes ligados à oposição  movimento que tem gerado incômodo em setores da base histórica do grupo Hagge.

Além disso, de acordo com as informações de fontes políticas locais, Eduardo tem mantido diálogo direto com o governo do Estado, chefiado por Jerônimo Rodrigues, o que representa uma mudança estratégica considerável e arriscada. Itapetinga, ao longo das últimas décadas, sempre foi reconhecida como um bastião da direita na Bahia, e Rodrigo Hagge (MDB) consolidou esse perfil ao enfrentar com firmeza os avanços do petismo na região.

A possível aproximação de Eduardo com o grupo político adversário e o esvaziamento simbólico da figura de Rodrigo no atual governo municipal vêm sendo interpretados como sinais claros de uma ruptura interna prestes a se consumar. 
De acordo com lideranças da cidade, Rodrigo tem sido gradualmente excluído das principais decisões, e sua influência, antes incontestável, estaria sendo substituída por novas alianças de perfil mais pragmático.

O momento é delicado, especialmente porque Rodrigo Hagge já é cotado nos bastidores como pré-candidato a deputado estadual em 2026. Para viabilizar o projeto, ele precisa manter e demonstrar força política dentro de seu principal reduto: Itapetinga. 
Uma eventual perda de protagonismo no cenário local poderia comprometer sua projeção estadual, além de colocar em xeque a hegemonia do grupo que lidera há anos.

Especialistas ouvidos pela reportagem avaliam que o cenário representa um clássico caso de transição de poder mal articulada dentro de um mesmo grupo político. O prefeito tenta renovar sua imagem e ampliar conexões com o governo estadual, mas esbarra na força simbólica de uma base que se orgulha de sua fidelidade ideológica.

Caso o distanciamento se confirme nos próximos meses, Itapetinga poderá viver uma eleição em 2026 marcada pela  divisão da direita local e pela possibilidade de ascensão de novas lideranças fora do grupo Hagge  algo impensável até pouco tempo atrás.

Por enquanto, nem Eduardo nem Rodrigo comentam publicamente o assunto. Conforme informações, os diálogos entre ambos estão cada vez mais escassos, e a tensão nos bastidores políticos da cidade só aumenta.


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