O jogador brasileiro Daniel Alves, preso desde janeiro na Espanha por acusação de estupro a uma jovem em uma boate de Barcelona, prestou nesta segunda-feira (17) um novo depoimento à Justiça espanhola.
Foi o próprio Daniel Alves que pediu para falar com juíza desta vez. Na sessão, de acordo com a Promotoria, Alves disse o seguinte:
- Admitiu que houve penetração
- Mas alegou que o que chamou de "relação" com a mulher que lhe acusa de estupro foi consensual, de acordo com a Promotoria de Barcelona.
- Argumentou à juíza responsável pelo caso que mentiu em juízo porque queria ocultar a infidelidade de sua então esposa, a modelo espanhola Joanna Sanz - Sanz pediu o divórcio após ele ser preso.
Em depoimentos anteriores, o brasileiro havia dito que não houve penetração. Primeiro, ele negou qualquer tipo de contato com a jovem que fez a acusação. Ao ser ouvido pela segunda vez, foi confrontado com imagens da boate e novas informações da Promotoria, afirmou que os dois se encontraram no banheiro e que houve sexo oral, porém consensualmente.
O depoimento ocorreu por causa de um pedido feito pelo próprio Alves para falar novamente com a juíza, formalizado por seu advogado, Cristóbal Martell, à juíza responsável pelo caso.
Pela lei espanhola, um acusado pode fazer esse pedido quantas vezes quiser.
A juíza responsável pelo caso seguirá decidindo se tornará Daniel Alves réu - a Justiça espanhola também tem a competência de investigar um caso denunciado pela Promotoria para então decidir se há provas suficientes para abrir um julgamento.
A sessão durou cerca de 20 minutos, segundo a imprensa local, e também participaram dela os advogados de acusação, além da Promotoria de Barcelona, que foi quem fez o pedido de prisão preventiva à Alves.