Famílias de vítimas do voo da Voepass rejeitam velório coletivo em Cascavel (PR)

 



Ao menos 18 famílias de vítimas do acidente com o voo da Voepass que vivem na cidade de Cascavel (PR) e arredores recusaram a proposta da prefeitura de realizar um velório coletivo no centro de eventos municipal. No total, 27 passageiros moravam na região.
 

A gestão do prefeito Leonaldo Paranhos (Podemos) começou os preparativos do local nesta segunda-feira (12), quando foram instalados tecidos pretos para organizar espaços reservados aos parentes, e transportados vasos de plantas e móveis para apoiar os caixões.
 

A secretaria de assistência social está em contato com os familiares e afirmou que 11 deles decidiram velar suas vítimas em locais privados. Quatro velórios serão realizados em cidades próximas, dois em Guaíra e dois em Toledo.
 

Outros corpos serão transportados para as cidades de Três Barras (PR) e Fernandópolis (SP). O piloto Danilo Romano foi enterrado nesta segunda na zona leste de São Paulo, onde morava.
 

Ainda falta a definição de três vítimas cujas famílias não foram contatadas pela gestão municipal.
 

FAMÍLIAS DE VÍTIMAS PLANEJAM AÇÃO COLETIVA
Famílias de vítimas do voo 2283 da Voepass planejam, juntas, processar a companhia. Isso deve ocorrer após a conclusão do relatório do Cenipa.
 

Advogados e parentes das vítimas discutem como embasar a tese de que a empresa teria sido negligente na manutenção da aeronave envolvida na tragédia. Eles citam, por exemplo, relatos de usuários sobre problemas técnicos em viagens no mesmo avião, como ar-condicionado desligado, além de relatos de ex-funcionários da companhia que teriam denunciado problemas na aeronave.
 

Nada disso foi provado por ora. Segundo a Anac, a aeronave ATR-72 envolvida no acidente em Vinhedo (SP) estava em condições regulares e com certificados válidos.


A Secretaria Nacional do Consumidor, vinculada ao Ministério da Justiça, deu prazo de 48 horas para a Voepass prestar informações sobre as condição de seus aviões, contado a partir da noite desta segunda. Foram exigidos modelos, anos de fabricação e periodicidade de revisões.
 

Segundo o órgão, desde o acidente "vieram à tona diversas reclamações envolvendo a companhia, desde bagagens danificadas e cancelamentos de voos sem reembolso, até problemas graves como as condições terríveis em que se encontram suas aeronaves".
 

Também foram solicitados à companhia esclarecimentos sobre o atendimento às famílias das vítimas.

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