Foi tiro a noite inteira, diz vizinha que teve casa atingida em ataque em Novo Hamburgo (RS)

 Por Carlos Vilela | Folhapress


O ataque a tiros que deixou quatro mortos e nove feridos colocou em choque a comunidade do bairro Ouro Branco, em Novo Hamburgo (RS).
 

"Era uma família bem unida", conta a vizinha Raquel Zimmer. Ela e seus parentes passaram a noite abaixados na sala de casa, após o atirador, o caminhoneiro Edson Crippa, 45, abrir fogo na rua.
 

Raquel diz que os tiros começaram por volta das 22h, e a suspeita inicial era de um assalto. Quando ela começou a receber mensagens no celular perguntando se a família estava em segurança, percebeu que não era o caso. "Vi que a coisa tinha uma dimensão muito maior. Nós não tínhamos noção do que se tratava", diz.
 

"Foi tiro a noite inteira, muito, muito tiro. Pareciam cem tiros por vez", lembra Raquel. A fachada de sua casa foi bastante atingida pelos disparos. Segundo a polícia, cerca de 300 tiros foram disparados.
 

Os tiros quebraram vidros da sacada e encheram os cômodos da frente de casa com estilhaços. "O quarto do meu filho tem muito vidro. Foram balas dentro do guarda-roupa", diz a vizinha.
 

Raquel diz não entender como a família vizinha, que organizava tantos almoços de domingo, chegou a esse fim. "Faziam comemorações juntos, eram muito tranquilos. Era uma família extremamente discreta, extremamente caprichosa também", conta.
 

Segundo ela, os vizinhos também não imaginavam que a casa da família Crippa abrigaria tantas armas. O atirador tinha duas pistolas, um rifle e uma espingarda.
 

O QUADRO DE SAÚDE DOS FERIDOS:
 

Rodrigo Weber Volz, 31, policial militar: em estado grave, passa por cirurgia.

 

João Paulo Farias, 26, policial militar: em estado grave após um tiro na cabeça, passa por cirurgia.

 

Cleris Crippa, 69 anos, mãe do atirador: em estado grave, passa por cirurgia.

 

Priscilla Martins, 41, cunhada do atirador: Passou por operação e será encaminhada à UTI.

 

Volmir de Souza, 54, Guarda Municipal: Em estado grave após ter levado três tiros, mas estável.

 

Eduardo de Brida Geiger, 32, policial militar: Estável após ser atingido no tornozelo.

 

Joseane Muller, 38, policial militar: Estável após ser alvejada no ombro.

 

Leonardo Valadão Alves, 26, policial militar: Foi liberado após um tiro de raspão no supercílio.

 

Felipe Costa Santos Rocha, policial militar: Liberado após ser atingido de raspão.



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