Como revelou o Metrópoles, aliados do governador relataram que ele estaria desanimado com o atual cenário político. Segundo interlocutores, Tarcísio se queixou da falta de organização da direita e das pressões de líderes do Centrão para que assumisse, de forma definitiva, o papel de principal adversário do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026.
Essa movimentação, segundo aliados, aumentou sua exposição a críticas públicas e a ataques do PT em campanhas publicitárias, além de fragilizá-lo no debate nacional. Um interlocutor chegou a avaliar que o governador teria se metido em “uma furada” ao se aproximar de caciques como Valdemar Costa Neto (PL), Ciro Nogueira (PP) e Antonio Rueda (União Brasil) em torno de um projeto presidencial.
Nos últimos dias, Tarcísio também reduziu a participação em pautas nacionais e concentrou sua agenda em compromissos locais, em contraste com a postura que adotou em 7 de Setembro, quando chamou o ministro Alexandre de Moraes, do STF, de “tirano” em ato bolsonarista. A guinada é interpretada como uma tentativa de preservar sua base política em São Paulo e evitar novos desgastes.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, que também esteve no encontro, reforçou a intenção de manter a unidade do grupo político. “Quero deixar um recado claro para que não haja dúvidas: independentemente de como as coisas vão transcorrer, eu, Tarcísio e os partidos de centro-direita estaremos juntos em 2026, de qualquer forma, para recolocar o Brasil nos trilhos a partir de 2027”, disse.
