Por Redação Novaes
Na noite desta quarta-feira (10), a Câmara de Vereadores de Ibicaraí viveu um episódio que ficará marcado na história política do município. A sessão, que deveria acontecer normalmente, foi inviabilizada pela ausência de seis parlamentares: Alam do Bairro Novo, Nei da Vila, Alisson filho de Ceone, Clícia Guerreira, Gui Cardoso e Demétrio Castro.
Sem o número mínimo de vereadores presentes, os trabalhos foram suspensos. Segundo informações de bastidores, a estratégia teria como objetivo impedir a convocação da secretária de Finanças do município, que seria chamada para prestar esclarecimentos à população.
A ausência repentina, sem justificativa prévia, gerou revolta e indignação entre os cidadãos. O ponto mais comentado da noite foi a postura do vereador Demétrio Castro, que, segundo aliados e opositores, teria deixado de lado a neutralidade e assumido posição favorável à base governista.
Em Ibicaraí, cada vereador recebe mais de R$ 10 mil mensais para comparecer, em média, apenas uma vez por semana às sessões. A falta de comprometimento em uma das poucas oportunidades de atuação prática escancarou o abismo entre a remuneração dos parlamentares e a real representatividade diante do povo.
A manobra levantou questionamentos: por que a base governista evita a ida da secretária de Finanças à Câmara? Há receio do que possa ser revelado sobre o uso dos recursos públicos? Ou trata-se de simples falta de preparo técnico para enfrentar cobranças da população?
Enquanto isso, os ibicaraienses aguardam respostas. Afinal, os recursos em questão são públicos e deveriam ser administrados com transparência. O que ficou claro, na noite desta quarta-feira, é que parte dos vereadores demonstrou mais preocupação em blindar a gestão do que em defender os interesses da população que os elegeu.
O espaço permanece aberto para que os vereadores citados e a Câmara Municipal de Ibicaraí se manifestem sobre o episódio.
