Por Redação Novaes
Ao completar 115 anos de emancipação política, Itabuna celebra uma trajetória marcada por coragem, luta e desenvolvimento. Fundada oficialmente em 28 de julho de 1910, a cidade nasceu às margens do rio Cachoeira, fruto da união de famílias pioneiras e da força de um povo que, desde os primeiros tempos, não temeu os desafios.
Inicialmente impulsionada pela força da lavoura cacaueira, Itabuna cresceu e tornou-se um dos mais importantes centros urbanos do sul da Bahia. A economia, por décadas sustentada pelo "ouro do cacau", atraiu migrantes de todas as partes do Brasil, o que ajudou a formar uma comunidade plural, rica em cultura, tradições e identidade.
E é por isso que, com orgulho, Itabuna também pode ser chamada de mãe de muitos. Mãe de milhares de pessoas que chegaram de outras cidades, de outros estados, em busca de oportunidades, de trabalho, de dignidade e encontraram aqui não apenas emprego, mas um lar. Pessoas que contribuíram e ainda contribuem para o crescimento da cidade, com esforço, talento e esperança no coração.
Mas a história de Itabuna não se resume ao cacau. A cidade demonstrou sua capacidade de se reinventar. Com o tempo, diversificou sua economia, investindo no comércio, na indústria e, mais recentemente, nos setores de serviços e tecnologia. A força de seu povo trabalhador impulsionou conquistas importantes nas áreas da saúde, da educação e da infraestrutura urbana.
Porém, nem tudo foram flores. Ao longo das décadas, Itabuna também enfrentou grandes dificuldades e talvez nenhuma tenha sido tão marcante quanto as enchentes. O rio que ajudou a dar origem à cidade, por vezes, também trouxe dor e perdas. Famílias desabrigadas, bairros alagados, ruas tomadas pelas águas. O sofrimento causado por essas tragédias testou, inúmeras vezes, a resiliência e a solidariedade da população.
Mas foi justamente nesses momentos que o espírito itabunense se mostrou ainda mais forte. A cidade se uniu, arregaçou as mangas e recomeçou. A reconstrução após cada enchente foi mais uma prova da bravura de um povo que não desiste que enfrenta as águas, a lama e os obstáculos com fé, união e esperança.
Hoje, Itabuna também se destaca como um polo regional de saúde, com hospitais e unidades de referência que atendem não apenas seus moradores, mas também cidadãos de dezenas de municípios vizinhos. No campo da educação, abriga instituições de ensino superior e técnico que formam profissionais capacitados para os desafios do futuro.
Ao longo desses 115 anos, Itabuna construiu não apenas estradas, prédios e pontes, mas também uma história de superação, de resistência e de acolhimento. É a cidade que viu nascer Jorge Amado, uma das maiores vozes da literatura brasileira, e que segue sendo berço de talentos nas artes, nos esportes e na cultura popular.
Mais que datas e números, Itabuna é feita de gente. Gente que trabalha com dignidade, que acolhe com carinho e que sonha com uma cidade cada vez mais justa, próspera e inclusiva.
Parabéns, Itabuna, pelos 115 anos de história! Que o futuro seja tão grandioso quanto a força do seu povo um povo que resiste, que se reinventa e que nunca perde a esperança.
