Enquanto ACM Neto ficou nas últimas semanas calado por causa do aperto do caso do esquema do Rei do Lixo, Jerônimo resolveu escancarar a boca.

 Por José Nilton Calazans 


A primeira gafe de Jerônimo ocorreu na última quarta-feira (30), quando, ao comentar sobre a disputa entre facções criminosas, o petista se isentou da responsabilidade e disse que os criminosos deveriam “cuidar deles”. A segunda veio na sexta-feira (2), quando culpou a população por não guardar comida para os animais durante a seca, em um momento em que o estado deveria, no mínimo, oferecer apoio em vez de repreensão.

No mesmo dia, Jerônimo cometeu um ato de “sincericídio” e reconheceu que sua gestão está mal avaliada. Disse: “Se eu tivesse bem, eu ia comprar aquela rede que falei com você”, numa tentativa desajeitada de justificar o desgaste. Mas foi sua quarta declaração que ultrapassou todos os limites: ao se referir aos eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) - que somaram 58,2 milhões de brasileiros em 2022 -, o governador afirmou que eles deveriam ir “para a vala”. Ou seja, no bom português, deveriam morrer.
Essa fala, além de perigosa e inaceitável em qualquer democracia, me fez lembrar de um ditado popular: “Peixe morre pela boca”. E na política, não faltam exemplos de figuras públicas que também “morreram” politicamente por não saberem o momento de calar.




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