Às vésperas do Forró do Rancho os sinais de que Monalisa vai conversar com os vereadores

 Por José Nilton Calazans 


O Grupo Ibicaraí vem revelando que interesses de políticos da região estão na origem da crise entre a prefeita Monalisa Tavares e a maioria dos vereadores. 

O peso das emendas parlamentares contribui para a formação de alianças regionais que vão do vice-prefeito Jonathas Soares e do vereador Dodô Huanna até o prefeito de Itaju e presidente da Amurc, Elder Fontes. 

Jonathas é aliado direto do deputado Alex Santana, um dos maiores direcionadores de emendas do estado da Bahia. 

Outro interesse regional tem a ver com o fortalecimento de candidaturas para deputados. 

Há algumas semanas, cresceu o interesse do prefeito de Itabuna, Augusto Castro, de fazer Andrea Castro, mulher dele, candidata uma vaga na Assembleia Legislativa. 

Divulgações em sites oficiais sustentados com o dinheiro público, como o da prefeitura itabunense, começaram a trazer mais destaques para a figura de Andrea. Notas em blogs também vêm apostando de forma positiva no futuro político da primeira-dama. 

Em março, um blog baiano afirmou que “a eleição de Andrea Castro é tida como favas contadas pelo staff político da cidade” e que ela “vai estar entre as dez candidaturas mais votadas da Bahia”. 

O jornalista, que também é itabunense, até brincou: “Fiquei calado diante do exacerbado otimismo do entusiasmado augustiniano”. 

O apoio do governador Jerônimo Rodrigues seria uma das razões para esse esperado sucesso eleitoral. A parceria com Pancadinha, ex-aliado de ACM Neto, também contribuiria. 

Em uma visita anterior a Ilhéus, em março, o governador teria endossado o apoio à candidatura de Andrea. 

Para reforçar o compromisso com o governo estadual, Augusto fez reunir mais de 40 prefeitos em um jantar que teve a presença até do ministro Rui Costa. 

O encontro foi má notícia para Soane Galvão e o marido dela, Marão. Os dois, aliás, alvos de uma investigação no meio da corrida eleitoral no ano passado. 

Quem viu Jerônimo em Firmino Alves acredita que ele não medirá esforços para se reforçar, e isso inclui atrair ainda mais antigos adversários para seu grupo. 

Jerônimo está em uma batalha particular no PT, que tenta também fazer caber Jaques Wagner e Rui Costa na lista de cargos da próxima eleição estadual, o que pode (de novo!) até afastar aliados de outros partidos  Angelo Coronel que o diga. 

Se até o governador se esforça para compor no novo mundo das emendas parlamentares na mão dos deputados, por que os prefeitos também não podem investir em alianças estratégicas em busca de sobrevivência?

Uma pessoa próxima das briga política em Ibicaraí informou que a prefeita Monalisa sinalizou a possibilidade de entrar em acordo com a maioria da Câmara que resiste a eleger Guilherme Cardoso presidente do legislativo. 

Os resistentes há tempos vêm sugerindo um outro nome, como Alam do Bairro Novo. E também o próprio Dodô, que anteriormente defendeu muito a prefeita. 

Na opinião dos vereadores, ele sempre foi uma opção razoável para uma candidatura a chefe da Câmara no próximo biênio, caso Monalisa não insistisse tanto em Guilherme e em ser independente quanto a nomes para a eleição de 2028 em Ibicaraí.

Um motivo para trazer paz e entendimento entre os adversários é o rala-bucho regado a Heineken sob o som de Safadão neste fim de semana. Quem vai querer ficar de fora justo nesse momento? O melhor lugar para compor novas alianças estratégicas que interessam aos políticos e não trazem nada para o povo. 

Enquanto a prefeita decide sobre a política e sobre sua presença ou não no Forró do Rancho, os vereadores resistentes seguem alinhados com Dodô e Jonathas e negociando com Elder Fontes e com Andréa Castro, primeira-dama do município administrado por Augusto Castro.


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