Por José Nilton Calazans
Quem não acompanhou a política baiana nos últimos dias pode ter achado estranho tantos prefeitos da oposição agradecendo diretamente ao governador por causa de ônibus escolares, em um movimento de traição.
Mas a verdade é que depois da Overclean, que investiga o Rei do Lixo, cada vez mais prefeitos procuram a sobrevivência política, se aproximam do governador e deixam ACM Neto isolado, sozinho com Bruno Reis. A traição a todo vapor.
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A base do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), segue ampliando sua influência com a adesão de diversos prefeitos que antes apoiavam o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil).
Nos últimos dias, gestores municipais têm migrado para o grupo governista, consolidando um movimento que enfraquece a oposição e fortalece a articulação política do Palácio de Ondina.
Prefeitos que trocaram de lado
Entre os gestores que romperam com ACM Neto e passaram a apoiar o governador estão:
• Marcelo Belitardo (União Brasil) – Teixeira de Freitas
• Alfredinho Magalhães (União Brasil) – Sítio do Mato
• Zé Marcos (Avante) – Rio do Pires
• Nal Azevedo (Avante) – Guanambi
• Mário Galinho (PSD) – Paulo Afonso
• Dr. Léo (MDB) – Buritirama
• Jacque Soares (Podemos) – Nilo Peçanha
• Rick de João Lulu (Avante) – Brejões
• Eduardo Hagge (MDB) – Itapetinga
• Girlei Lima (PDT) – Santa Cruz Cabrália
• Valdemir Gondim (PSD) – Tanhaçu
O prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), e o de Cruz das Almas, Ednaldo Ribeiro (Republicanos), também estão sendo cortejados pelo governo estadual e podem ser os próximos a romper com o grupo de Neto.
Reações da oposição
Diante da debandada, ACM Neto e aliados intensificaram as críticas ao governador. O ex-prefeito de Salvador acusou Jerônimo de priorizar articulações políticas em detrimento da gestão pública, enquanto o deputado federal Capitão Alden (PL-BA) demonstrou pessimismo sobre as eleições de 2026, admitindo que a oposição pode enfrentar dificuldades para derrotar o PT na Bahia.
Por outro lado, Jerônimo Rodrigues rebateu as críticas e sugeriu que a ausência de Neto na cena política baiana se deve a problemas internos do União Brasil.
Além disso, o secretário de Relações Institucionais, Adolpho Loyola, reforçou que a aproximação dos prefeitos é resultado do diálogo e do apoio oferecido pelo governo estadual.
Impacto político
O movimento de adesão de prefeitos ao governo estadual acende um sinal de alerta para a oposição e pode comprometer as estratégias de ACM Neto para 2026.
A articulação política de Jerônimo Rodrigues, impulsionada pelo novo titular da Serin, vem conquistando aliados estratégicos e consolidando a força do PT no estado.
A migração de prefeitos mostra que o governador conseguiu manter sua base sólida e ainda expandi-la, tornando-se um adversário ainda mais forte para a próxima disputa eleitoral.
