A denúncia de uma mulher trans indígena ao Ministério dos Povos Indígenas deu início a uma elaborada operação da Polícia Federal (PF), que resultou no resgate de 22 mulheres, vítimas de exploração sexual e de rede de aliciamento em São Paulo.
A mulher, que também foi vítima do mesmo esquema, contou que recebeu uma proposta para trabalhar em um salão de beleza em São Paulo e decidiu ir. O contratante pagou a passagem e a jovem descobriu apenas em São Paulo que estava envolvida num esquema de prostituição.
De acordo com a mulher, os criminosos afirmaram que a dívida da passagem deveria ser paga com o trabalho, no entanto, eram cobrados juros abusivos e as mulheres acabavam trabalhando apenas para quitar estas dívidas.
Segundo a PF, as mulheres trans eram trazidas das regiões Norte e Nordeste do país e ficavam em alojamento alugado pela quadrilha. De acordo com a corporação, foram realizados dois mandados de busca e apreensão
A Justiça também decretou a prisão preventiva de uma mulher, líder do esquema, mas ela não foi encontrada. Das 22 mulheres, apenas uma chegou a ir para um serviço de acolhimento social, enquanto que as demais preferiram ficar nos alojamentos.