Oito distritos de Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia, têm convivido com seis meses de estiagem. O resultado? Uma região, que abriga cerca de 30 mil moradores, castigada pela seca, com o verde da vegetação aparente apenas em pequenos pontos.
A prefeitura de Feira de Santana decretou situação de emergência por causa da estiagem no município, em outubro.
A estrada de acesso à comunidade de Caroá tem revelado um cenário ainda mais desolador. Em uma das propriedades, a equipe de reportagem da TV Subaé, afiliada da TV Bahia, encontrou ossadas de bovinos.
Os ossos estavam espalhados no terreno, próximo aos animais que ainda resistiam à falta de água. Eles buscam comida nos pés de juá babão, planta resistente que se destaca mesmo com a seca. Perto da casa, os jornalistas encontraram o agricultor Leolino Alves Pereira, conhecido como "Liu de Caroá". O dono da casa revelou ter pedido quatro cabeças de gado nos últimos dias, por causa da seca.
Aos 79 anos, ele mantém uma rotina difícil para garantir a sobrevivência dos outros animais. Toda manhã complementa a alimentação do gado com o mandacaru que ainda resiste à seca. Ele perdeu uma vaca próximo de uma lagoa usada por animais para se hidratar, que está seca, no terreno da casa.