Três vereadores da cidade de Eunápolis registraram uma ocorrência na delegacia de polícia na noite desta quarta-feira (03) acusando o vereador Adriano Cardoso de ter ameaçado o presidente da Câmara Municipal, Jorge Maécio, com uma arma de fogo e de danificar a mesa de trabalho dele.


Segundo os vereadores, eles não estavam presentes no momento da reunião, mas foram informados do ocorrido pelo assessor jurídico da Casa, Fabrício Frieber. O vereador Adriano Cardoso, por sua vez, confirmou a realização da reunião, mas negou ter feito ameaças.

O incidente teria ocorrido durante uma reunião na sala da presidência, quando o presidente comunicou que iria retirar de pauta a votação do afastamento cautelar da prefeita Cordélia Torres, prevista para a sessão desta quinta-feira (04).

A sessão seria suspensa a pedido do advogado de defesa da prefeita, que afirmou estar impossibilitado de comparecer devido a um compromisso profissional em Brasília.

Dois vereadores da Comissão Processante criada para apurar a denúncia aceitaram o pedido e quando tentavam formalizar a ata na sala da presidência, teria ocorrido a confusão com o vereador Adriano Cardoso.

Presidente Jorge Maécio teria sido coagido por vereado a pautar votação

Mesmo depois do tumulto, o presidente Jorge Maécio resolveu pautar a votação do afastamento cautelar da prefeita para a sessão desta quinta (04).

O grupo político da prefeita alega que a pauta deveria ter sido publicada 24 horas antes da sessão, de acordo com o regimento interno da Câmara, mas a publicação só ocorreu à tarde. Eles suspeitam que o presidente tenha sido coagido pelo vereador Adriano Cardoso a tomar essa decisão.

Os vereadores que registraram a ocorrência, Carmém Lúcia Maciel, Arthur Dapé e José Carlos Baião estão temerosos com relação à segurança dos funcionários da Câmara e da sessão que tratará do possível afastamento da prefeita Cordélia Torres.

Até o momento, não conseguimos falar com o procurador jurídico da câmara, e o presidente da Casa não quis se pronunciar sobre o assunto.


Presidente Jorge Maécio teria sido coagido por vereador a pautar votação