por Erem Carla

Léo Kret, a primeira vereadora trans do Brasil, revelou alguns detalhes da sua carreira pública durante uma entrevista ao Bargunça Podcast desta quarta-feira (8).
A artista disse que a sua falta de experiência quando concorreu às eleições de 2012 a prejudicaram, mas que ela também encontrou empecilhos pelo caminho.
“Não me deixaram entrar no partido onde eu ia ser a mais votada, que no caso era o DEM [Democratas, atual União Brasil]. Fecharam o círculo e falaram: ‘Ela não entra aqui porque ela tem mandato, aqui só vai entrar candidato sem mandato. Eu não tive para onde ir e continuei no PR (Partido Republicano)”, contou.
De acordo com Léo, no PR ela não tinha condições de ser eleita apoiando o então democrata ACM Neto, visto que o PR estava apoiando o PT (Partido Trabalhista).
“O partido nacional queria investir na minha campanha e eu falei que não, que era leal, que ia estar em um partido porque não consegui entrar em outra, mas que ia apoiar Neto. Apoiei Neto, eles esvaziaram o partido para poder não ser eleita pela lealdade que eu tive a Neto. Então não tive votos suficientes para ganhar as eleições”, explicou.
Léo Kret ainda afirmou que o pré-candidato ao governo da Bahia ACM Neto continua prestando apoio e que ela pretende ser a primeira deputada federal trans do Brasil pelo PDT (Partido Democrático Trabalhista).
“Hoje com essa expectativa a gente pode sim chegar ao lugar almejado, que é para poder lutar sempre pela população. Vou ser a primeira mulher trans deputada Federal do Brasil”.