por Mauricio Leiro
O indicativo do PT em ocupar a vaga de suplente de Otto Alencar (PSD) tem uma estratégia eleitoral por trás do movimento. Anteriormente, outros partidos da base já sinalizaram o interesse no espaço. Além do PV , o PCdoB já indicou a possiblidade do nome do vereador de Salvador Augusto Vasconcelos ocupar o posto.
Lideranças do PT apontaram ao Bahia Notícias que há uma preocupação de fortalecer em alguma região que a legenda "tenha mais dificuldade", incluindo as regiões Oeste e Extremo-sul, onde os também pré-candidatos ao governo, ACM Neto (União) e João Roma (PL) têm boas bases de voto. Dessa forma, um nome petista dessas regiões pode ser escolhido para ser o suplente de Otto, aumentando o apelo da chapa encabeçada por Jerônimo Rodrigues nas localidades.
Além disso, nos bastidores petistas é debatido sobre a possibilidade de que um ex-prefeito de uma das regiões seja o indicado para ocupar o espaço. Existiria um desejo interno para que, como forma de robustecer ainda mais os votos nessas regiões, um ex-mandatário de uma grande prefeitura fosse o escolhido.
SUPLÊNCIAS DO PSD
A relação do PT e o PCdoB com a suplência é antiga. Os comunistas já ocupam uma vaga na suplência de um senador com mandato. Nas eleições de 2018, o ex-deputado federal e atual secretário estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Davidson Magalhães, foi escolhido suplente do senador Ângelo Coronel (PSD).
Porém, antes do pleito, segundo Davidson, o partido não tinha essa reivindicação de ser suplente de Ângelo Coronel (PSD) ao Senado, mas que aceitaria ser "reserva" de Jaques Wagner (PT). O partido pode ter a suplência novamente de um político vinculado ao PSD, desta vez, Otto Alencar, que busca a reeleição.