PGR teria pedido busca e apreensão contra Leão e Vilas-Boas; ministro do STJ negou

 por Fernando Duarte

PGR teria pedido busca e apreensão contra Leão e Vilas-Boas; ministro do STJ negou
Foto: Montagem/ Bahia Notícias

Ao menos outras duas figuras públicas foram alvos de pedidos de busca e apreensão durante a Operação Cianose feitos pela subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo: o vice-governador João Leão e o ex-secretário de Saúde, Fábio Vilas-Boas. Informações obtidas pelo Bahia Notícias apontam que, apesar da solicitação, o ministro-relator no Superior Tribunal de Justiça, Og Fernandes, negou - a justificativa, no entanto, não está disponível, já que o processo tramita em segredo de justiça.

 

A operação da Polícia Federal, deflagrada no último dia 26, investiga a aquisição de 300 respiradores pelo Consórcio Nordeste, em abril de 2020, intermediado pelas Hempcare e BioGeoenergy, que nunca entregaram os equipamentos. O valor investido pelo governo baiano, à época, foi de R$ 49 milhões .

 

Leão chegou a ser citado no depoimento de Cleber Isaac, um dos alvos da operação em um depoimento prévio, porém, de acordo com a defesa do vice-governador, negou a participação do progressista em negociações sobre o processo de compra dos respiradores. “Eu soube de ter havido esse pedido. O ministro negou. Vou mandar todos os dados para o ministro e para o Tribunal de Contas do Estado”, indicou Leão.

 

O vice-governador comentou ainda sobre o que teria sido a única participação dele na investigação. “Fui notificado pela Polícia Federal pedindo para mandar quem eu recebi na SDE [Secretaria de Desenvolvimento Econômico] e na vice-governadoria no período dessa confusão. Foi a única coisa que recebi. Soube, por terceiros, que a mesma notificação recebeu o governador Rui Costa”, completou.

 

Já Vilas-Boas, então secretário estadual de Saúde, não apareceu entre os investigados na Operação Ragnarok, célula inicial das apurações, feita ainda pela Polícia Civil da Bahia. A aquisição dos respiradores, todavia, estava sob coordenação da Casa Civil, sob o comando de Bruno Dauster, afastado após emergirem as primeiras denúncias sobre o caso.

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