A Petrobrás pode sair de vez da Bahia caso a estatal aceite a oferta do consórcio formado pelas empresas PetroRecôncavo S.A (60%) e Eneva S.A (40%), que apresentou proposta com valor superior a US$ 1,4 bilhão, para a compra do Polo Bahia Terra. O polo é composto por 28 campos de produção onshore nas bacias do Recôncavo e Tucano, e atualmente é a única unidade pertencente à Petrobrás holding no estado.
A possibilidade da venda traz preocupação ao Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA), já que segundo a entidade, a privatização pode gerar a perda de postos de trabalho, fim de projetos sociais e redução de impostos para o estado e municípios, a exemplo dos royalties, que já foram reduzidos pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) de 10% para até 5%, para campos de petróleo e gás natural operados por empresas de pequeno e médio porte.
O diretor de comunicação do sindicato, Radiovaldo Costa, ainda aponta outro problema na possível venda, que é o preço baixo ofertado pelo consórcio. “Vale lembrar que em 14/10/2021, a Petrobrás havia anunciado processo de negociação com a empresa Aguila Energia que apresentou proposta acima de US$ 1,5 bilhão para adquirir estes mesmos campos de petróleo. Sites especializados apontaram, na época, que a oferta chegaria a US$ 1,9 bilhão”, externou o sindicalista
Na Bahia, a estatal já se desfez da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), que foi vendida para a Acelen, empresa pertencente ao grupo árabe Mubadala Capital. A negociação foi finalizada no final de novembro de 2021 no valor de US$ 1,8 bilhão. O Sindipetro e a Federação Única dos Petroleiros (FUP) tentaram reverter a venda, mas a Justiça negou .