por Folhapress
Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse nesta quarta-feira (6) que o pedido de instalação de CPI para investigar denúncias de tráfico de influência no MEC (Ministério da Educação) depende só de duas assinaturas para alcançar o mínimo necessário de 27 apoios para ser acatado.
"Precisamos só de mais duas assinaturas de senadores para instalar a CPI do MEC! Converse com o senador e com a senadora do seu Estado, peça a participação deles. Vamos passar a limpo os escândalos de corrupção do Bolsolão do MEC", escreveu o congressista em suas redes sociais.
A proposta do senador é que os trabalhos demorem até 90 dias. Entre os fatos determinados estão tráfico de influência, emprego irregular de verbas públicas, advocacia administrativa, corrupção ativa e passiva, usurpação de função pública e crimes de responsabilidade.
Em audiência pública realizada na Comissão de Educação, três prefeitos confirmaram o suposto esquema envolvendo pastores na pasta sob a gestão do ex-ministro Milton Ribeiro, que, em áudio vazado, indica que eles teriam o aval de Bolsonaro para atuar.
Os prefeitos Gilberto Braga (PSDB), de Luís Domingues (MA); José Manoel de Souza (PP), de Boa Esperança do Sul (SP); e Kelton Pinheiro (Cidadania), de Bonfinópolis (GO) relataram que receberam pedidos de propina dos pastores para a liberação de recursos.
Braga afirma que chegou a ouvir um pedido de propina em barras de ouro durante almoço com mais de 20 prefeitos num restaurante de Brasília.
"O pastor Arilton me disse: 'Você vai me arrumar R$ 15 mil para protocolar suas demandas; depois que o recurso já estiver empenhado, como a sua região é de mineração, vai me trazer um quilo de ouro'. Eu não disse nem que sim nem que não, me afastei da mesa", relatou ao Senado.
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QUEM ASSINOU ATÉ AGORA, SEGUNDO RANDOLFE
Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
Paulo Paim (PT-RS)
Humberto Costa (PT-PE)
Renan Calheiros (MDB-AL)
Styvesson Valentim (Podemos-RN)
Fabiano Contarato (PT-ES)
Jorge Kajuru (Podemos-GO)
Zenaide Maia (PROS-RN)
Paulo Rocha (PT-PA)
Omar Aziz (PSD-AM)
Rogério Carvalho (PT-SE)
Reguffe (União-DF)
Leila do Vôlei (PDT-DF)
Jean Paul Prates (PT-RN)
Jaques Wagner (PT-BA)
Eliziane Gama (Cidadania-MA)
Tasso Jereissati (PSDB-CE)
Cid Gomes (PDT-CE)
Alessandro Vieira (PSDB-SE)
Weverton Rocha (PDT-MA)
Dario Berger (PSB-SC)
Simone Tebet (MDB-MS)
Mara Gabrilli (PSDB-SP)
Oriovisto Guimarães (Podemos-PR)
Jader Barbalho (MDB-PA)